Séculos decorreram já desde que o Império Romano sucumbiu enquanto entidade política; mas seja pela noção da existência de uma herança cultural próxima no caso dos povos de língua latina, lei romana e fé católica, seja simplesmente pelo fascínio que suscitam os testemunhos materiais deixados por uma Roma antiga entendida como distante e quase exótica no caso dos povos de língua germânica, gerações de europeus, desde Maquiavel a Voltaire, desde Gibbon aos historiadores do século XXI, tentaram encontrar paralelismos entre a evolução política e social de Roma e a sua própria época. O quadro terrível mas fascinante da transição de Roma da primitiva monarquia para uma República aristocrática e mais tarde para o despotismo do Império, e de uma rude simplicidade de costumes para a decadência dissoluta, foi durante séculos entendido como o padrão de evolução típico, ou mesmo inevitável, das sociedades humanas.
O problema tradicional da queda de Roma é abordado neste livro de uma perspectiva estratégica. Através de uma análise detalhada da organização do exército e das defesas fronteiriças romanas, e da forma como ambos foram sendo adaptados, com variáveis graus de sucesso, às novas ameaças estratégicas, bem como da narração e análise de várias campanhas militares e da exposição das linhas gerais da acção estratégica romana ao longo dos séculos, este livro procura dar resposta a uma série de questões: de que forma reagiu o Império Romano às crescentes ameaças que surgiram nos últimos séculos da sua existência? Porque razão acabou por cair o Império Romano do Ocidente? Seria essa queda inevitável? Poderia o Império Romano ter sobrevivido no Ocidente caso os seus decisores políticos e militares houvessem tomado opções diferentes?
Séculos decorreram já desde que o Império Romano sucumbiu enquanto entidade política; mas seja pela noção da existência de uma herança cultural próxima no caso dos povos de língua latina, lei romana e fé católica, seja simplesmente pelo fascínio que suscitam os testemunhos materiais deixados por uma Roma antiga entendida como distante e quase exótica no caso dos povos de língua germânica, gerações de europeus, desde Maquiavel a Voltaire, desde Gibbon aos historiadores do século XXI, tentaram encontrar paralelismos entre a evolução política e social de Roma e a sua própria época. O quadro terrível mas fascinante da transição de Roma da primitiva monarquia para uma República aristocrática e mais tarde para o despotismo do Império, e de uma rude simplicidade de costumes para a decadência dissoluta, foi durante séculos entendido como o padrão de evolução típico, ou mesmo inevitável, das sociedades humanas.
O problema tradicional da queda de Roma é abordado neste livro de uma perspectiva estratégica. Através de uma análise detalhada da organização do exército e das defesas fronteiriças romanas, e da forma como ambos foram sendo adaptados, com variáveis graus de sucesso, às novas ameaças estratégicas, bem como da narração e análise de várias campanhas militares e da exposição das linhas gerais da acção estratégica romana ao longo dos séculos, este livro procura dar resposta a uma série de questões: de que forma reagiu o Império Romano às crescentes ameaças que surgiram nos últimos séculos da sua existência? Porque razão acabou por cair o Império Romano do Ocidente? Seria essa queda inevitável? Poderia o Império Romano ter sobrevivido no Ocidente caso os seus decisores políticos e militares houvessem tomado opções diferentes?