«Em 1946, num sanatório da Conca d’Oro – castlo de Atlante e campo de extermínio –, alguns personagens singulares, sobreviventes da guerra e presumivelmente incuráveis, combatem debilmente consigo próprios e com os outros, enquanto esperam pela morte. São longos duelos de gestos e de palavras, sobretudo de palavras: febris, ternas, barrocas, em despique com o barroco de uma terra que ama a hipérbole e o excesso. Tema dominante: a morte; que subtilmente se difunde, se mimetiza, se esconde, varia, musicalmente reaparece. Tudo isto sob as roupagens de uma escrita em equilíbrio entre tormentos e falsete, e num espaço que está sempre aquém ou além da História – e poderia até simular um palco ou o nevoeiro de um sonho.» Leonardo Sciascia
«Em 1946, num sanatório da Conca d’Oro – castlo de Atlante e campo de extermínio –, alguns personagens singulares, sobreviventes da guerra e presumivelmente incuráveis, combatem debilmente consigo próprios e com os outros, enquanto esperam pela morte. São longos duelos de gestos e de palavras, sobretudo de palavras: febris, ternas, barrocas, em despique com o barroco de uma terra que ama a hipérbole e o excesso. Tema dominante: a morte; que subtilmente se difunde, se mimetiza, se esconde, varia, musicalmente reaparece. Tudo isto sob as roupagens de uma escrita em equilíbrio entre tormentos e falsete, e num espaço que está sempre aquém ou além da História – e poderia até simular um palco ou o nevoeiro de um sonho.» Leonardo Sciascia