«Nam Van é o nome chinês da Praia Grande. O longo areal de antanho de curva graciosa, transformou-se, no deslize de séculos, em artéria elegante, centro nevrálgico da vida de Macau e zona residencial preferida pela população. Nasci nas suas proximidades e grande parte da minha infância decorreu à sombra das suas árvores centenárias. Vivo hoje mesmo à esquina, numa moradia onde fiz a minha casa e o meu lar. Em certas noites de silêncio e de mistério, ouço o rumorejar das águas, batendo nos granitos, trazendo, com a brisa, os mais estranhos perfumes tropicais. A Praia Grande, com a paisagem antiga dos seus juncos e a odisseia dos seus lorcheiros heróicos e aventureiros, inspirou-me os primeiros escritos e embalou-me os sonhos incipientes de escritor. A Praia Grande alimentou o fundo da minha sensibilidade e imaginação, com a nostalgia dos seus crepúsculos e a tristeza das suas neblinas de inverno.» O Autor, nota de abertura
«Nam Van é o nome chinês da Praia Grande. O longo areal de antanho de curva graciosa, transformou-se, no deslize de séculos, em artéria elegante, centro nevrálgico da vida de Macau e zona residencial preferida pela população. Nasci nas suas proximidades e grande parte da minha infância decorreu à sombra das suas árvores centenárias. Vivo hoje mesmo à esquina, numa moradia onde fiz a minha casa e o meu lar. Em certas noites de silêncio e de mistério, ouço o rumorejar das águas, batendo nos granitos, trazendo, com a brisa, os mais estranhos perfumes tropicais. A Praia Grande, com a paisagem antiga dos seus juncos e a odisseia dos seus lorcheiros heróicos e aventureiros, inspirou-me os primeiros escritos e embalou-me os sonhos incipientes de escritor. A Praia Grande alimentou o fundo da minha sensibilidade e imaginação, com a nostalgia dos seus crepúsculos e a tristeza das suas neblinas de inverno.» O Autor, nota de abertura