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O banho - Jean-Philippe Toussaint

LT015895
1990
Jean-Philippe Toussaint

Editora Fenda
Idioma Português PT
Estado : Usado 5/5
Encadernação : Brochado
Disponib. - Em stock

€5
Mais detalhes
  • Ano
  • 1990
  • Tradutor
  • Luís Nogueira
  • Capa
  • João Bicker
  • Código
  • LT015895
  • Detalhes físicos
  • Dimensões
  • 16,00 x 24,00 x
  • Nº Páginas
  • 77

Descrição

«Eu envergava roupas simples. Calças de tecido bege, camisa azul e uma gravata lisa. Os tecidos favoreciam tanto o meu corpo que quando estava completamente vestido, parecia dirme e poderosamente musculado. Estava deitado, descontraído com os olhos fechados. Pensava na dama de branco, a sobremesa, uma bola de sorvete de baunilha sobre a qual se estende uma camada de chocolate a ferver. Há semanas que reflectia sobre isso. Sob o ponto de vista científico (não sou guloso), via nessa mistura um indício de perfeição. Um Mondrian. O chocolate untuoso sobre a baunilha gelada, o quente e o frio, a consistência e a fluidez. Desiquilíbrio e rigor; exactidão. O frango, pese embora toda a ternura que lhe voto, não sofre comparação. Não. E estava já a cair no sono quando Edmondsson entrou na casa de banho, rodopiou e estendeu-me duas cartas. Uma delas vinha da Embaixada da Áustria. Abri-a com um pente. Edmondsson, que lia por detrás do meu ombro, apontou o meu nome no convite. Dado que não conhecia nem austríacos nem diplomatas, disse que provavelmente se tratava de um engano.»

O banho - Jean-Philippe Toussaint

€5

LT015895
1990
Jean-Philippe Toussaint
Editora Fenda
Idioma Português PT
Estado : Usado 5/5
Encadernação : Brochado
Disponib. - Em stock

Mais detalhes
  • Ano
  • 1990
  • Tradutor
  • Luís Nogueira
  • Capa
  • João Bicker
  • Código
  • LT015895
  • Detalhes físicos

  • Dimensões
  • 16,00 x 24,00 x
  • Nº Páginas
  • 77
Descrição

«Eu envergava roupas simples. Calças de tecido bege, camisa azul e uma gravata lisa. Os tecidos favoreciam tanto o meu corpo que quando estava completamente vestido, parecia dirme e poderosamente musculado. Estava deitado, descontraído com os olhos fechados. Pensava na dama de branco, a sobremesa, uma bola de sorvete de baunilha sobre a qual se estende uma camada de chocolate a ferver. Há semanas que reflectia sobre isso. Sob o ponto de vista científico (não sou guloso), via nessa mistura um indício de perfeição. Um Mondrian. O chocolate untuoso sobre a baunilha gelada, o quente e o frio, a consistência e a fluidez. Desiquilíbrio e rigor; exactidão. O frango, pese embora toda a ternura que lhe voto, não sofre comparação. Não. E estava já a cair no sono quando Edmondsson entrou na casa de banho, rodopiou e estendeu-me duas cartas. Uma delas vinha da Embaixada da Áustria. Abri-a com um pente. Edmondsson, que lia por detrás do meu ombro, apontou o meu nome no convite. Dado que não conhecia nem austríacos nem diplomatas, disse que provavelmente se tratava de um engano.»